quinta-feira, 21 de outubro de 2010

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Como eu queria não sentir. Queria não amar, não pensar em você a cada instante. Nunca ter te sentido em mim, não ter sentido tua pele, teu calor, tua dor. Não ter deixado, não ter vivido. Não quero mais essa lembrança, ela é inquietante, apague-a, apaguem-na de mim. Porque nas noites frias é do que eu lembro, é o que me dói o peito, o que me corta a alma. É o que leva minha alegria, porque meus sorrisos mais verdadeiros foram para ti, foram com você e mais ninguém. E não existiram promessas, nunca as fizemos, nem as faríamos, porque sabíamos os dois, a dor da desilusão. Pode ter sido meu sorriso que tenha te assustado, te afastado de mim...


Confesso, tenho hoje medo de sorrir.

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sábado, 16 de outubro de 2010

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E que o meu sentir por ti
seja brando
como o pousar da borboleta
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Felicidade efêmera
prefiro não sentí-la
ao sentir e ter que perdê-la

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O vazio de uma sala escura
enlouquece o desertor
O som do vento frio
inspira o escritor

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E nessa pobre busca vã
vejo-te perder tua vida
tua alma
Vejo teu coração em mortalha

E nesse querer intangível
percebo teu espanto
teu tormento
Percebo tua dor irreprimível

...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Provocante


Olho teus passos
Teus passos tortos no vazio
Vejo tua alma
Tua alma bagunçada pelo vento frio

E teus cabelos remexidos
Tua pele macia
Tuas mãos timidas em meu corpo
Teus lindos labios indecisos

Indecisos do beijo
Com medo do depois
Temendo o envolvimento
A possivel vida a dois

Querendo meus labios
Minha alma, meu corpo
E mesmo assim buscando
A tua felicidade em outro